Mostrando postagens com marcador RESENHAS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador RESENHAS. Mostrar todas as postagens

Resenha: Feios

sexta-feira, 15 de maio de 2015
Titulo: Feios
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Galera Record
Onde Comprar: Buscapé
Saiba mais no Skoob
Sinopse: Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá.
Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.

Eu li esse livro há quase um ano e estou me achando completamente errada em arriscar fazer a resenha sem reler, mas de repente bateu a inspiração e saudade e falar sobre  livro ajuda a evitar isso; Afnal tenho uma longa lista de livros para ler no momento e estou sem tempo para releituras. De qualquer forma, mesmo não lembrando os detalhes do livro eu lembro da essência dele e das impressões que ele me deixou e isso basta para a resenha, afinal não vou dar spoiler nenhum. 

Feios é uma daquelas distopias onde o romance prevalece em toda a trilogia, porém isso não deixa a obra ruim. É claro que atrapalha em alguns momentos, mas o que seria das nossas protagonistas sem o amor

Tudo o que Tally queria é ficar perfeita, porém quando sua amiga Shay foge em busca dos Enfumaçados o sonho de Tally praticamente se desfazer. As autoridades a obriga ir atrás da amiga e traze-la de volta, caso contrário ela nunca será perfeita. Alienada como Tally é não consegue imaginar a sua vida como feia para sempre, sem os seus amigos que já passaram pelo processo, sem as festas, sem a luxuria, e tudo o mais. Contra sua vontade ela vai atrás de Shay. 
A sua viagem é muito esclarecedora para o leitor - e para Tally também - sobre como é o seu mundo; Como as cidades ficaram após a destruição que nós - os Enferrujados - fizemos. Na nova edição do livro que a Galera Record lançou da para ter uma breve ideia de como é, porém durante a leitura eu sempre me lembrava das imagens promocionais do filme Eu Sou a Lenda (aquelas onde tem as cidades). Um pequeno problema com a viagem de Tally é que ela é um pouco longa, mas não é parada ou tediosa. Nisso eu devo parabenizar o autor, já que ele criou diversas situações em que o leitor fica apreensivo sobre o que vai acontecer em seguida. 

Ao chegar, finalmente, ao seu destino Tally se vê rodeada de Enfumaçados, pessoas que por vontade própria se refugiaram na natureza e lutam contra o governo e sua cirurgia da perfeição; Todos os Enfumaçados são refugiados das cidades, com exceção de David. Ele é nascido e criado na natureza e nunca teve contato com as cidades e/ou os Perfeitos. A presença de David serve para mostrar ao leitor o que, de verdade, é a perfeição, já que todos nós com certeza já idealizamos uma versão perfeita de nós mesmos. Quem nunca sonhou em ter um nariz perfeito, uma boca mais carnudinha, os olhos mais levantados e não apenas no rosto mas em todo o corpo? Todos dizem "o que vale é o que a pessoa é por dentro" mas sempre vemos defeito em alguém, conhecido ou não. David, por ser nascido longe da civilização, não tem essas vaidades ou pensamentos. Ele sempre viu as pessoas pelo que elas são de verdade e não é diferente quando conhece Tally. 
Não vou ficar falando sobre o relacionamento de Tally e David pois não acho pertinente, pelo menos no primeiro livro da trilogia. Eles se conhecem e se conectam de alguma forma, porém a força do relacionamento vemos muito mais adiante. 

A questão principal é que com os Enfumaçados, Tally finalmente tem a oportunidade de descobrir a verdade sobre seu governo e a cirurgia e decidir se vai ou não querer voltar para realizar o seu grande sonho. Mesmo com a pequena semente de duvida plantada por Shay no inicio do livro, Tally ainda não se viu convencida de que a vida seria boa sem a transformação. Pode parecer algo idiota da minha parte, porém eu acredito que uma das coisas que podem deixar uma distopia mais interessante é quando o leitor se questiona se a maneira como o governo encontrou par resolver os problemas da humanidade é certo ou não. E eu fiquei com essa duvida grande parte da leitura desse primeiro volume. Nós sabemos como nossa sociedade atual é, nós sabemos muito bem que estamos nos destruindo aos poucos justamente por causa dessa grande diferença que temos e não digo diferenças apenas nas aparências e sim social, racial, crenças, etc. Aparentemente, tendo um mundo onde não existe essas diferenças podemos acha-lo perfeito. É até utópico pensar dessa forma, certo? E não fica muito longe do que o livro nos mostra inicialmente. Portanto acho que nessa narrativa somos todos um pouco Tally e por isso fica tão difícil julgar as suas atitudes como sendo errada (e eu falo desde o inicio do livro).

Feios é o tipo de livro que você pode ler em um dia (ou duas tardes/duas madrugadas), pois a narrativa de Scott é tão fluida que não vemos o tempo passar, e mesmo nos momentos mais chatinhos temos informações ou acontecimentos que nos deixa curiosos para o próximo capítulo. Para quem adora distopias é uma ótima indicação, principalmente por conta da reflexão que eles nos propõe durante a leitura.


Capas da nova edição (que eu acho linda) 






Resenha: Não Pare!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Livro: Não Pare!
Autora: FML Pepper
Site:http://www.fmlpepper.com.br/
Sinopse:

Uma vida normal e tranquila seria tudo que uma adolescente odiaria ter, certo?

Por que tinha que viver como uma nômade (ou fugitiva!), mudando de cidade ou país a cada piscar de olhos? Por que não podia saber nada sobre o paradeiro de seu pai? Por que sua mãe era tão neurótica e supersticiosa? Milhares de perguntas. Nenhuma resposta.
O que significavam aqueles estranhos calafrios, acidentes e mortes que insistiam em acontecer ao seu redor? Teriam eles alguma ligação com o seu defeito de nascença? Ou seriam causados pelo selvagem bad boy de hipnotizantes olhos azuis-turquesa que costumava aparecer nos momentos mais assustadores?
Nina jamais poderia imaginar que aquele garoto sombrio, de corpo escultural e fisionomia atormentada lhe abriria os olhos para um universo paralelo. Só ele tinha as respostas para os seus mais íntimos questionamentos, mas cobraria um preço muito alto para fornecê-las:
A vida dela. 

 
Não vou fazer resumo do livro dentro da resenha porque pretendo fazer ela de modo direto, então quem ficar meio perdido, leia a sinopse acima. Eu não costumo muito ler livros que acabam virando febre, até me rendo, mas sempre fico com o pé meio atrás. E não foi diferente com Não Pare!, eu fiquei com receio de ler e prolonguei bastante a leitura. Mas no último fim de semana eu estava procurando algum livro para ler no celular e encontrei Não Pare! no site da Amazon. Não deu outra! Li a sinopse, alguns comentários e resolvi arriscar. Gente, por favor, o livro é demais!

Por ser o primeiro de uma trilogia, mantém aquele ar de introdutório e vamos conhecendo os personagens aos poucos. No entanto, a confusão da personagem principal me deixou com pena da mesma. Mas... a criatura também me tirou do sério. Por vezes ela se comporta como ingênua, danada, outrora chata. Até entendo que há a mudança de humor devido aos conflitos que é comum à adolescência, mas mesmo assim me irritei bastante com ela.Outro ponto que me deixou desapontada foram alguns acontecimentos durante o desenvolvimento do livro, algumas ações não se justificaram no meu ponto de vista.

A construção dos personagens me deixou instigada, na verdade, acho que foi isso que me prendeu até o fim do livro (questão de horas), principalmente o mocinho, ele é tão mal. Alguns outros personagens, como o suposto mocinho até determinado ponto, me enganaram direitinho, caí feito uma pata. O que eu quero dizer, resumidamente, é que eu me entreguei às emoções dos personagens, à todos os problemas por eles enfrentados, assim como compreendi a dicotomia nas personalidades de vários personagens.

O desenvolvimento veio a calhar num momento da minha vida que eu identifiquei como paralelo - só pra esclarecer: não estou passando por aventuras ou romances sobrenaturais, haha. A história tem uma linearidade singular, demonstrando respeito com os leitores, personagens, com o público. Achei muito interessante a ordem dos acontecimentos, assim como a evolução da história.

Narrativa: esse é o ponto mais bonito de todo o conjunto. É tão fluída que me senti lendo uma história de 10 páginas. Apesar dos contrapontos citado lá em cima, eu me envolvi bastante. Só não classifico como preferido por conta dos acontecimentos que eu não engoli, pois creio que personagem intitulada chata por nós, leitores, é normal não ocorrer a identificação. Mas a narrativa, a sensibilidade, a incomodação da autora em que tudo ficasse explicadinho de um modo legal e até mesmo engraçado, foi muito amor da parte dela. 

Enfim, de modo geral e ao mesmo tempo específico, o livro é fofo, bonito, intenso, triste, amoroso e empolgante. Leia se você estiver em busca de algo que vai lhe dar prazer, ansiedade, palpitações e paixão.

#DesafioDasCapas2015: Ilha do Medo

quinta-feira, 2 de abril de 2015
Olá, pessoal!

Já é o terceiro livro lido do Desafio das Capas do blog Recanto da Mi e o tema da vez é "capa com uma pessoa famosa". Como esse livro é emprestado e eu não gosto de ficar segurando livro emprestado por muito tempo acabei lendo ele em Fevereiro para poder devolver logo e coincidiu de estar entro do tema.

Titulo: Ilha do Medo
Autor: Dennis Lehane
Editora: Companhia das Letras
Onde Comprar: Buscapé
Saiba mais no Skoob








Primeiro de tudo: Que livro é esse? Tô até agora com vontade de pegar e começar a ler tudo de novo. Assim que terminei a leitura assisti ao filme, que tem o querido Léo DiCaprio no elenco e conclui que a adaptação é incrível. Obrigada, Scorsese.

Bom, Ilha do Medo trata a história de dois xerifes que são enviados para uma ilha para investigar o desaparecimento de uma paciente do hospital psiquiátrico de segurança máxima; que para nós pode ser chamado simplesmente de prisão. As condições em que a paciente fugiu são extremamente suspeitas e ao tentar realizar a investigação os policiais são impedidos pela equipe do hospital de analisar relatórios, fichas de pacientes e médicos e por muitas vezes são desacreditados.

Teddy, um dos xerifes e o personagem principal da história, tem um histórico de vida bem... complicado. É herói de guerra e perdeu sua esposa em um incêndio, causado propositalmente por um incendiário - que mais tarde Teddy revela saber que se encontra preso na ilha. Chuck é seu parceiro e pouco é revelado sobre ele, apenas que se transferiu de Seattle por conta do seu envolvimento com uma moça oriental.

Teddy é um personagem bem construído, que facilmente o leitor se apaga podendo ama-lo ou odiá-lo, dependendo da opinião de cada um. Eu ainda não cheguei a minha própria conclusão, pois por diversos momentos eu o amei, e então passei a odiá-lo, senti pena e sofri com ele. Para quem já leu o livro ou viu o filme posso dizer que Teddy é o tipo de personagem feito para não deixar duvidas ao leitor.

Foi o primeiro livro do Dennis que eu li e não vejo a hora de ler outros, já pude perceber que o autor adora criar um mistério para chegar no final e nos surpreender. Sim, Ilha do Medo é aquele tipo de livro que qualquer informação à mais pode estragar a surpresa do final, que no minimo deixa o leitor pensando "que m!@#$ foi essa?" (no sentido de "que fod@"). Dennis não deixou pontas soltas, ou duvidas sobre a veracidade dos fatos revelados.

Aos mais medrosos podem ficar tranquilos, apesar do nome o livro não tem nada de assustador ou terror. Antes o título era Paciente 67 e sofreu alteração por conta do filme. Pessoalmente acredito que Paciente 67 combina mais com o enredo do livro, já que em determinado ponto eles procuram pelo paciente 67 da ilha, que todos dizem não existir; E claro que esse paciente em questão é a chave de todo o mistério que ronda a história.



#ChallengeClassicsYear: A Volta ao Mundo em 80 Dias

terça-feira, 10 de março de 2015
Olá, pessoal!

Então para dar continuidade ao Challenge Classisc Year - do blog Literata - o livro da vez foi A Volta ao Mundo em 80 Dias do Julio Verne, já que o tema do mês foi um clássico de aventura.

Titulo: A Volta ao Mundo em 80 Dias
Autor: Julio Verne
Editora: Amazon (eu peguei a versão gratuita da Amazon, e lá não diz qual é a editora)









Para ser bem sincera eu fiquei um pouco decepcionada com esse livro. Desconsiderando aqui todas as dificuldades de se ler um clássico, a minha decepção ficou por conta da história em si. 

Fogg é um personagem intrigante, que durante toda a narrativa não se mostra uma pessoa normal. Acho que o melhor adjetivo para ele seja estranho. Ele não é um cara mau, ou algo do tipo; Pelo contrário, durante a história ele tem alguns atos de coragem e bondade que dificilmente imaginaríamos dele. É engraçado, para começo de conversa, pensar que esse cara todo sistemático com a sua rotina iria entrar em uma aposta para dar a volta ao mundo em tão pouco - considerando a época em questão. O que mais me incomodou nesse personagem foi o fato de que ele estava - supostamente - vivendo uma aventura, dando a volta ao mundo e não aproveitou os momentos. Ele ficava trancafiado em sua cabine nos barcos, não se dava ao trabalho de conhecer um pouco das cidades em que paravam e coisas assim.

Seu criado, Passepartout, é uma questão à parte. É aquele personagem que tipicamente só faz burrada apenas para dar aquele equilíbrio na história, sendo até mesmo engraçado. Por fim temos o Detetive Fix, que segue os cavalheiros ao redor do mundo pois acredita que Fogg é um assaltante e Sra. Aouda uma jovem indiana que foi salva por Fogg e Passepartout enquanto eles estavam na Índia. 

Confesso que não consegui me conectar com nenhum dos personagens do livro, além de achar as descrições do autor bem chatinhas e por muitas vezes eu sentia que estava lendo os trecho no modo automático, até que finalmente acontecesse alguma coisa emocionante. Por se tratar de uma aventura eu imaginei diversas coisas acontecendo durante a viagem, além de imprevistos e perigos; porém mesmo contendo esses elementos eles não foram tão emocionantes quanto eu imaginei. Além do mais os problemas eram facilmente resolvidos com dinheiro. 

Para não desacreditar tanto assim o livro vou dizer que gostei bastante do final. Não que tenha uma grande reviravolta, mas me surpreendi pela atitude de Fogg, demonstrando finalmente seus sentimentos e um pouco de espirito aventureiro. 

Acredito que, talvez, na época em que o livro foi escrito a noção de aventura seja um pouco diferente do que hoje em dia. 
Essa edição da Amazon, foi traduzida por voluntários, tem alguns pequenos erros de português mas nada que seja tão incomodo durante a leitura. Acho que por não se tratar de uma tradução oficial ela seja mais fácil de entender e fluir a leitura de modo mais leve do que o normal. 

Sabia que na vida é preciso ter em conta os atritos, e como os atritos atrasam, para evitar, não entrava em contato com ninguém.
As fisionomias honestas, são estas sobretudo as que se precisa desmascarar. 
- Ora, ora! Mas é um homem de coração! - disse Sir Francis Cromarty.
- Às vezes - respondeu simplesmente Phileas Fogg. Quando tenho tempo.

Resenha: Paixão ao Entardecer

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


Livro: Paixão ao Entardecer
Autora: Lisa Kleypas (linda de morrer)
Editora Arqueiro 
Sinopse: Mesmo sendo uma família nada tradicional, quase todos os irmãos Hathaways se casaram, até mesmo Leo, que era o mais avesso a essa ideia. Mas para a caçula Beatrix, parece não haver mais esperança.
Dona de um espírito livre, apaixonada por animais e pela natureza, Beatrix se sente muito mais à vontade ao ar livre do que em salões de baile. E, embora já tenha frequentado as temporadas londrinas e até feito algum sucesso entre os rapazes, nunca foi seriamente cortejada, tampouco se encantou por nenhum deles.
Mas tudo isso pode mudar quando ela se oferece para ajudar uma amiga.
A superficial Prudence recebe uma carta de seu pretendente, o capitão Christopher Phelan, que está na frente de batalha. Mas parece que a guerra teve um forte efeito sobre ele, e seu espírito, antes muito vivaz, se tornou bastante denso e sombrio.
Prudence não tem a menor intenção de responder, mas Beatrix acha que ele merece uma palavra de apoio – mesmo depois de tê-la chamado de estranha e dito que a jovem é mais adequada aos estábulos do que aos salões. Então começa a escrever para ele e assina com o nome da amiga. Beatrix só não imaginava o poder que as palavras trocadas teriam sobre eles.
De volta como um aclamado herói de guerra, Phelan está determinado a se casar com a mulher que ama. Mas antes disso vai ter que descobrir quem ela é.



Oi, pessoas! Tudo bem com vocês? 
Então, hoje trago a resenha de uma série que amo de paixão, que me conquistou pela intensidade de emoções, por ser direta em seu objetivo e também por mostrar que família está num patamar acima das coisas triviais da vida. Vamos conferir?


Beatrix é uma moça que sempre teve bastante afinidade com a natureza, especialmente com os animais. Se sente mais verdadeira quando ajuda algum precioso e indefeso animal, ou simplesmente quando está em sua presença, ou ainda, quando traz algum para morar consigo. Sim, ela tem esse costume (risos). Ela é a caçula da família Hathaways, mas nem por isso menos favorecida. Nessa família todos tem espaço. Ela já frequentou algumas temporadas na tentativa de encontrar alguém digno de se casar, mas seu coração ainda não fisgou ninguém. Quem acompanha a série sabe que esse é o último livro sobre os irmãos e meu coração não aguenta esse fim. Haha.

Ela está na casa de sua amiga, uma jovem que não liga muito para os sentimentos das pessoas, quando se depara com uma carta que Prudence, a tal amiga, recebe de um pretendente. Acontece na seguinte sequência: Prudence não tem intenção de responder, Beatrix não consegue resistir à ideia de deixar aquele jovem que está numa guerra sem uma resposta que o aqueça seu coração e resolver responder se passando pela amiga. Phelan se apaixona pelo apoio de Beatrix, que ele imagina ser Prudence, e quando retorna para casa, descobre o que ele não imaginava ser possível. 

Quem acompanha o blog, sabe que gosto da Lisa Kleypas. Ela é uma autora que conquista o leitor, sabe onde deve aumentar ou diminuir a intensidade de tal cena, e sabe, principalmente, quando revelar um momento de segredo para algum dos personagens. Além disso, é impossível ignorar sua narrativa, a força destemida da personagem Beatrix e também a união entre os irmãos Hathaways.  Além disso, os pontos dedicados ao romance propriamente dito, os mais quentes, são descritos de forma forte e leve, mostrando que apesar de ser um romance de época, a mulher tem total direito ao seu corpo, tem o direito de sentir as sensações que um ato entre um casal pode proporcionar. Isso é demais!

Os personagens principais, Beatrix e Phelan, são um casal fortes, com personalidades demarcadas e que remete ao velho ditado os opostos se atraem, exclusivamente. Apesar dela ter sua mania com os animais, pra onde vai tem algum pendurado nela, ele a ama, mesmo que não ame os animais do mesmo modo. Ele respeita a paixão de sua amada pela natureza. Os demais personagens são também de suma importância, uma vez que alguns já foram destaque nos livros anteriores e podemos acompanhar o que, mais ou menos, aconteceu com eles durante a série. 

Desenvolvimento muito bom, personagens bem construídos, narração boa e fluente, capítulos que mostram bem a construção da história, amadurecimento dos personagens principais, assim como uma escrita que situa o leitor na época, na vida deles, nos costumes e no jeito especialmente de viver numa família diferente, uma vez que há dois ciganos (amo!). Vale destacar que quase todas as mulheres da família em evidência possuem uma personalidade que possui alguma relação com o feminismo, claro que não radicalizando, mas para a época em que elas vivem, era muito comum a mulher ser ensinada desde o berço a obedecer sempre o sexo masculino. E com Amelia, Win e Beatrix é um pouco diferente, elas se impõe, são fortes e até mesmo fazem coisas que a sociedade do contexto da história iria criticar radicalmente. 

Então, a série chega ao fim e meu coração se parte. Lisa é uma querida que eu quero conhecer um dia e pedir mais detalhes sobre os lindos Hathaways e os dois ciganos que conquistaram duas Hathaways. Apesar deste livro não ser o meu favorito, eu não quero que acaba, ainda não! Editora Arqueiro, Lisa Kleypas, fica a dica, tragam um livro só de epílogo. Haha. Série mais que recomendada, mais que emocionante, tchau. 

P.s: Obrigada à YasmiN por ter me apresentado essa série.

Resenha + Sorteio: Entre Quatro Poderes

domingo, 15 de fevereiro de 2015
Livro: Entre Quatro Poderes
Autores: Grupo (SIC) - Anderson, Débora, Khadidja e Rodrigo 
Editora: Novo Século - Talentos da Literatura Brasileira
Sinopse: O prefeito de Suares, uma pequena cidade do estado de São Paulo, passa por um momento crítico. Com a Polícia Federal em sua cola e sua vida pessoal desmoronando, o império construído com sangue e mentiras está prestes a ruir. Churrasco, envolto pelas sombras da vida pública, descobriu da pior forma possível que a caminhada de um político pode ser solitária e que cada decisão tem um preço. Só resta saber o quanto ele está disposto a pagar. No final das contas, todos conhecem a vida do homem público, mas sempre existe a história por trás da história.





O livro começa de forma um tanto inusitado, uma cena em que mostra o prefeito de Suares numa cena apavorante, onde ele se sente pressionado, com medo, apavorado e totalmente sem saída. Mas aos poucos vamos conhecendo a história de Churrasco e Cláudio Barão, dois irmãos que tiveram seus impasses demarcados ainda na infância, quando o pai deles os tratava de forma diferente. Então, isso também contribuiu para suas divergências, assim como mais tarde eles se desentenderam por causa de uma moça, Estela. E não parou por aí. Já adultos, ainda não se davam muito bem, sempre se tratando de forma nada cordial, muito menos se lembrando de que eram irmãos.

Ambientando a história, Zé Ribeiro e Pimenta eram dois políticos importantes naquela cidade, ambos tinham suas devidas posições importantes, mas o que eram como mesmo aos dois era o ódio que um sentia pelo outro. Sempre trapaceando a campanha do outro, ora Zé Ribeiro, ora Pimenta, chegaram ao tal ponto da morte. Morre Zé Ribeiro, vítima dessa disputa que no fundo o único fundamento era dinheiro, quer dizer, desvio deste. Churrasco andava colado à Zé Ribeiro, e quando este morreu, ele entrou de vez para a política e chegou ao poder, o problema foram as implicações desse poder.

Após esse acontecimento, a morte de Zé Ribeiro, dá início ao desenvolvimento propriamente dito, uma vez que começa a mostrar como ocorreram as vidas de Churrasco, Cláudio, Pimenta, Estela e de outros personagens secundários desta história. Dá pra perceber os acontecimentos, as notícias, as campanhas políticas, os roubos aos cofres públicos. Tudo. O livro conta numa história o que acontece hoje, principalmente no Brasil (já que o livro é nacional): políticos metendo a mão no dinheiro público, comprando jornais para publicarem matérias a seu favor, matanças, entre outras milhares de coisas.

Os personagens são bem construídos, dá pra conhecer cada um deles, se identificar, gostar ou odiar alguns. Cada personagem tem sua personalidade bem delimitada, claro que tem aquele que há dúvidas se é honesto ou não, ou se vai realizar tal ato ou não. Mas é normal, e dá a entender que foi a intenção dos autores. E aqui eu queria destacar uma coisa interessante. São quatro autores, todos jornalistas. Os quatro escreveram a história, mas durante a leitura pouco se percebe quando se muda de autor, quem escreveu o quê. Claro que se você ler com bastante atenção dá pra notar em alguns pontos que a narrativa muda, mas é quase imperceptível. Nota mil isso, pois eu jurava que iria ter problemas com quatro pessoas diferentes escrevendo o mesmo livro. 

Como acabei de mencionar, o fato de ser quatro autores não atrapalhou em nada, nem mesmo a narração, fazendo até ser uma leitura muito leve, apesar do tema, e desse jeito manso eles conseguiram mostrar a corrupção, os roubos na política, as pessoas que se aliam e se transformam nesse meio. Realmente muito interessante! Além disso, outro ponto que vale estrelas é o desenvolvimento. A história começa pelo fim, e durante o livro há o começo, meio e fim novamente. Muito legal! Tudo voltado para a explicação daquele começo-fim trágico. A diagramação está boa, letras confortáveis para a leitura, espaçamento muito bom também. Honestamente, não tenho o que reclamar do livro.

Então, quem gosta do tema, vale muito a pena ler. Espero em breve mais coisas publicadas por esse grupo. <3>




SORTEIO

- É muito simples, basta comentar abaixo sobre a resenha + e-mail para entrar em contato. 
- Serão 2 sorteados, cada um irá receber um exemplar + marcador do livro.
- O sorteio será realizado pelo random.org

Resenha: Simples Perfeição

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Livro: Simples Perfeição (Livro 2)
Autora: Abbi Glines (Linda demais)
Editora: Arqueiro
Sinopse: Woods teve sua vida traçada desde o berço. Cuidar dos negócios da família, casar com a mulher que os pais escolheram, fingir que riqueza e privilégios eram tudo de que ele necessitava. Então a doce e sensual Della apareceu e conquistou seu coração, abrindo seus olhos para um novo futuro. A vida do casal seguia para um final feliz, até acontecer um imprevisto: a morte do pai de Woods. Da noite para o dia, o rapaz herda o império Kerrington e, embora sempre tenha almejado essa posição, precisará de toda ajuda possível para provar que está à altura de tanta responsabilidade. Della está determinada a ser o apoio de que Woods necessita, mas os fantasmas do passado ainda estão presentes e mais intensos do que nunca. Pressionada pela ex-noiva e pela mãe de Woods, ela toma a decisão mais difícil de sua vida: abdicar da própria felicidade pelo homem que ama. Mas os dois terão a força necessária para seguir em frente um sem o outro? Concluindo a sedutora história de Woods e Della,
Simples perfeição é o romance mais surpreendente de Abbi Glines e mostra que encontrar alguém pode ser um golpe do destino, mas descobrir a perfeição ao lado dessa pessoa requer aceitar a si mesmo e superar os piores obstáculos a dois.


Em Estranha Perfeição, livro 1, onde se encontra o início da história de Woods e Della, é possível observar e vivenciar a relação dos dois, os obstáculos e as guerras internas de ambos. Poderia fazer um resumo da história deles, mas quem acompanha a série sabe e quem ainda não sabe, basta ler a sinopse acima. Vou direto ao ponto. Simples perfeição, por ser o livro dois que conta a história do casal, é bem mais maduro e fecha bem a história meio embaraçosa e dolorida do casal. Woods tem fama, dinheiro, uma mulher que ainda o persegue por seu status e um possível amor: Della. Della é uma garota que descobriu amar Woods além do possível, mas antes precisa combater seus pesadelos do passado e seguir em frente.  

O ponto mais alto do livro - e da história do casal - é a decisão que Della toma e decide bater de frente com o que quer que seja que a impede de ser realmente feliz. E é quando Woods ganha meu amor, ganha minha admiração, ganha tudo o que ele quiser pelo simples ato de ter paciência se sentindo super impaciente. Os dois constroem um caminho sem volta, mas não é um caminho ruim, é algo que só faz crescer o que um sente pelo outro. É rendição. É amor. É amizade. É o encontro da dor que vira felicidade.

O desenvolvimento é rápido, objetivo e vai no ponto ideal do romance, da dor e do conflito. Quem acompanha o blog, deve saber que sou apaixonada pela Abbi Glines, e Della e Woods, mas ainda não são eles o meu casal favorito. Mas ainda assim gosto dos dois, principalmente o modo como conseguem se afundar e sair de seus redemoinhos de medos. É muito palpável o crescimento deles enquanto pessoa, individualmente, e como casal, como companheiros. 

A narração: isso é o que eu mais gosto na Abbi Glines. Ela consegue ser direta sem nenhuma enrolação e me leva ao mundo daqueles personagens, consigo vivenciar cada cena, o enredo, as emoções, enfim, consigo me imaginar na história. E acho que isso é o que vale numa leitura, saber como aquilo afeta individualmente, enquanto pessoa que necessita viver dentro de um livro por dia, pelo menos. A fluidez me anestesia e me delicio com as letras, frases, períodos, parágrafos. Me perco mesmo e só respiro quando termino. Abbi faz isso comigo.

Woods, Della e os outros personagens que aparecem como plano de fundo me deixaram ainda mais apaixonada pelos livros que representam Rosemary Beach. Enquanto Woods já era conhecido desde a história de Rush e Blaire, Della entrou depois, e ele tem um certo destaque por lá. Por conta disso, Woods já era demasiadamente conhecido quanto a sua personalidade. Agora Della foi realmente apresentada ao leitor, de verdade, neste livro, em Simples Perfeição. Suas chatices, seus modos, as amizades de sua cidade natal e sua história familiar. Todos aqueles segredos... 

Enfim, Simples Perfeição é um livro que merece ser lido, que merece uma chance. E vamos combinar que a capa é linda, a diagramação está ótima, como sempre a Editora Arqueiro manda super bem: fonte boa, espaçamento melhor ainda e nitidamente legíveis. Leiam Simples Perfeição e acredite no amor, na superação de qualquer coisa ruim que já passou ou ainda poderá acontecer e se deixe envolver por essa leitura linda!

#ChallengeClassicYear: O Diário de Anne Frank

Olá, pessoal! 

Eu nunca fui uma leitora muito assidua, e até meados de maio/junho de 2014 eu era dessas que lia apenas uns cinco livros por ano. De repente me afundei nos livros e li um monte de coisa até que chegou um momento que eu pensei "Okay, preciso de mais", só que mais o que? Senti a necessidade de ler clássicos, mesmo já imaginando o quanto isso vai ser difícil (ou não, né). Então eis que surgiu o Challenge Classics Year promovido pelo Blog LiteRata e eu vi uma ótima oportunidade para começar a ler uns clássicos e poder definir se eu gosto ou não deles. 

Os temas não precisam ser seguidos na ordem que a Ju colocou no post de divulgação do desafio, portanto eu fiz um sorteio. O primeiro tema foi: Um clássico biográfico. 


Título: O Diário de Anne Frank
Autor: Anne Frank / Edição Definitiva por Otto Frank e Mirjam Pressler
Editora: Best Bolso
Onde Comprar: Submarino
Saiba mais no Skoob








Apesar de sempre (e é sempre mesmo) ver o pessoal comentando sobre esse livro eu nunca tive vontade de lê-lo. Primeiro o tema segunda guerra/holocausto não me agrada nenhum pouco; Segundo acho que só o primeiro motivo sempre me fez fugir do livro. Pois bem, sem ideias para ler nesse tema do desafio a Ju acabou me indicando esse e pensei "Okay, tudo bem. Vai esse mesmo"

E ao final do livro eu me fiz a pergunta: Qual é o verdadeiro motivo das pessoas gostarem tanto desse livro? Imaginei que ele teria uma história triste, daquelas de arrancar o cabelo de tanto chorar. Não. Quer dizer, de fato é uma história triste mas confesso (com medo de morrer) que em diversos momentos eu me sentia lendo um diário de confinamento do BBB (não me matem). Eu digo isso pelos seguintes motivos: a) Todos na casa se odeiam, inclusive os membros da família Frank (vide Anne e sua mãe); b) Brigam por comida; c) Brigam sem motivo algum; d) Casos amorosos; e etc. 

Realmente eu posso estar falando de uma forma que muitos vão considerar desrespeitosa sobre a vida de Anne e seus companheiros de confinamento, e talvez até desconsiderando o que eles passaram ao longo dos dois anos que ficaram no Anexo. Pois bem, realmente estou deixando de lado esse aspecto pois a visão que temos, o tempo todo, é de Anne, que como muitos devem saber era apenas uma adolescente. 

Durante diversos momentos na narrativa fiz uma retrospectiva da minha adolescência e tentei imaginar o quanto eu deveria ser irritante, e bom... Isso é normal com qualquer adolescente. Anne não escapou dessa fase. Tem seus momentos em que odeia a mãe (eu não acredito nessa ideia de que ela simplesmente odiava a mãe o tempo todo), odeia o pai, odeia a todos e se acha a menina injustiçada do mundo pois ninguém a compreende. Acho que em diversos momentos eu odiei Anne simplesmente por ver nela muito de mim, mesmo depois da vida adulta. Veja bem, não é só porque o livro não foi exatamente o que eu imaginei que não gostei dele e não ache que tinha me trazido algumas reflexões. 

Como eu disse, não sou fã do assunto guerra, então ver que o livro não aborda tanto a guerra e sim a vida no Anexo me fez gostar mais da leitura. Achei interessante a despreocupação (por falta de palavra melhor) de Anne em relação a guerra; Não que ela não tivesse interesse pelo assunto, mas sim porque mesmo tendo que viver em um confinamento e com medo o tempo todo, ela ainda conseguiu ser uma adolescente normal (de acordo com as suas limitações). Apesar da guerra Anne tinha esperanças e sonhos; Apesar da guerra Anne acreditava que as coisas poderia melhorar, tanto para si quanto para o próprio mundo. 

Não acho que O Diário de Anne Frank seja um livro que cause emoção ao leitor, mas no minimo ele pode te dar uma visão diferente do período da guerra, e mostrar como viviam as pessoas que tiveram que se esconder para não sofrerem o que milhões de judeus sofreram durante o holocausto. 






Resenha: Estranha Perfeição

sábado, 7 de fevereiro de 2015
Livro: Estranha Perfeição

Autora: Abbi Glines

Editora: Editora Arqueiro

Sinopse: Della Sloane não é uma garota comum. Ansiando se libertar do seu passado sombrio e traumático, ela planeja uma longa viagem de carro em busca de autoconhecimento e dos prazeres da vida real. Seu plano, no entanto, logo encontra um obstáculo: o automóvel fica sem gasolina em Rosemary, na Flórida, uma cidadezinha praiana no meio do nada. Neste cenário, ela conhece o jovem Woods Kerrington, muito disposto a ajudar uma menina bonita em apuros. O que ela não sabe é que Woods é o herdeiro do country club Kerrington e está de casamento marcado com Angelina Greystone, uma união arranjada que culminará na fusão de suas empresas, garantindo o futuro profissional do rapaz. Uma noite despretensiosa parece a solução perfeita para Della e Woods fugirem por um tempo de tanta pressão. Do passado que ela gostaria de esquecer. Do futuro de que ele tantas vezes tentou escapar. Mas eles não poderiam prever que a atração os levaria a algo mais quando os seus caminhos se reencontrassem. Agora precisam aceitar suas estranhezas para descobrirem a perfeição. Se você é fã da série Sem Limites, vai adorar este delicioso romance ambientado no mesmo universo sedutor criado por Abbi Glines. 



Della é simples, humilde, carismática, bonita, carinhosa, amável. Poderia dar mil adjetivos para Della nesta resenha, mas vou me firmar em um: ela é mulher. Apesar de ter seus medos do passado, apesar da insegurança, ela possui aquela força tão natural e ao mesmo tempo protetora consigo mesma. É muito intrigante! Ela vem passando/fugindo de momento tristes e difíceis, e a única coisa que quer é se envolver coma algum homem. No entanto, enquanto tenta fugir numa noite, ela se depara com Woods, um homem rico, poderosos, eu diria, e muito bom. Ele a ajuda com o problema no carro e já interessa pela moça. Eles têm uma noite maravilhosa, mas há dois problemas: Della não quer, realmente, se comprometer com alguém; ele tem um casamento arranjado para dizer "sim!". 

Os dois vão enfrentar obstáculos bem complicados, famílias zangadas, pessoas se metendo, conflitos internos e muito, muito medo. Aos poucos a relação dos dois vai se construindo, mesmo que de forma torta e sem uma base realmente confiável, uma vez que Woods não sabe tudo a respeito de Della e nem ela dele. Além de haver uma quase possível noiva de Woods que é a maior chatice do mundo, além de ser muito maldosa. A história tem uma linha previsível, que o leitor consegue mais ou menos imaginar o que irá acontecer em seguida. Mas não se iluda, não é um livro que contém apenas sexo, romance, draminha. Não! Tem drama, tem tristeza e tem tensão! E eu diria até ação! 

A narrativa, como sempre, Abbi Glines mandou bem! Eu curto o jeito como ela desenvolve com base nas falas, conversas, interligação entre os personagens, fazendo com que o leitor se sinta dentro da história, à vontade com o assunto que vai ser descoberto ali. Seja ele tenso ou não. Não é uma narrativa cheia de floreios, cheia de paradas para tomar fôlego. Não. É do tipo que começa a ler e respira novamente quando termina a última página do livro. Perfeito. É possível ter uma perspectiva tanto de Woods quanto de Della, assim como é possível vivenciar as experiências por eles vividas. Tudo isso por conta da narração simples e direta, sem enrolação de Abbi Glines. 

Os personagens são todos queridos, e vemos Blaire e Rush (da série Sem Limites) com um pano de fundo importante e decisivo. O livro dá destaque para outros agora: Grant está entre eles. <3>

Então, é isso! Espero que curtam a resenha e que leiam o livro. Estou afirmando mesmo: é bom, do tipo que faz você ler sem perceber que algumas horas se passaram, que você tem que trabalhar, estudar ou seja o que for que você faça. Ele é um livro pra ser lido em um local relaxante ou apertado, com pessoas ou sem pessoas; ou seja, leia em qualquer lugar, pois a alegria, o amor será implantado em você. Superação, é a palavra que eu escolho para definir esse livro e o próximo de Woods e Della. 

Resenha: Amor sem Limites

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Livro: Amor sem Limites
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Sinopse: Blaire Wynn conheceu Rush Finlay num momento muito difícil da vida dela, logo depois de perder a mãe e a casa em que morava. Filho de um astro do rock, Rush vivia num mundo de luxo, sexo sem compromisso e total despreocupação com o futuro. Exatamente o oposto de tudo o que Blaire conhecia. Mesmo com tantas diferenças, a paixão entre os dois foi arrebatadora. Porém Rush guardava um segredo de sua família que levou ao fim do namoro e a um período de tristeza absoluta para o casal. Mas eles já não sabiam viver um sem o outro e cederam de novo àquele sentimento irresistível. Agora Blaire está grávida, eles estão felizes e planejam se casar. Mas nem tudo está garantido. O pai de Rush chega trazendo más notícias e novamente os antigos problemas de família podem fazer com que os dois se afastem.



Depois de tantas reviravoltas nos dois primeiros livros, Tentação sem Limites e Paixão sem Limites (que vocês podem conferir a resenha clicando no nome dos livros), eu me peguei pensando se iria aguentar ler este, uma vez que amei os dois primeiros, apesar de alguns pontos que foram salientados, mas sofri junto com a Blaire e principalmente com o Rush. E vou logo destacar aqui: há muitas pessoas que não gostam da história do casal, mas tente, dê uma chance e leia sem preceitos e com vontade de se jogar numa história simples, intensa e bonita. 

Nos dois primeiros livros, é possível acompanhar a vida dos dois um tanto conturbada, são os compromissos que são resultados da vida que Rush viveu e ainda pertence, são os problemas de Blaire e agora também tem um problema em conjunto, um bebê chegando! Haha! Eles estão bem, até que... Bem, até que acontecem coisas que faz com que eles se desentendam, se afastem um pouco. Mas aos poucos as coisas voltam ao normal. Basicamente é isso.

Apesar de amar Rosemary Beach, acho que esse terceiro livro foi um tanto desnecessário, uma vez que a história poderia ter terminado no segundo. Mas nem vou de fato reclamar disso, eu sempre precisarei de uma dose de Rush, mais Rush, bem mais Rush! O livro foi mais um "final feliz" para o casal, mostrando como eles conseguiram se acostumarem com a ideia de um bebê deles, a morar juntos, conviverem com os defeitos de ambos, esse tipo de coisa. E o desenvolvimento é bem previsível, mas nem por isso menos intrigante. É possível visualizar os dois vivendo de forma harmoniosa, mesmo que eles sejam pessoas difíceis de conviverem, mesmo que Rush seja possessivo ao extremo e Blaire seja aquele posso de firmeza, mas quando cai, desaba tudo e de uma só vez. 

Os personagens são os mesmos que há nos primeiros livros, e como sempre, meu preferido continua sendo o Grant (comemorem que tem livro só dele mais pela frente, vamos torcer para a Editora Arqueiro trazer para o Brasil!), ele é perspicaz, molecão e lindo por dentro. O casal principal continua lindo desde o primeiro livro, assim como os outros amigos de Rush e Blaire. Como esse é o último livro de Rush e Blaire, eu fiquei satisfeita de perceber a evolução do casal ao longo dos três livros, o quanto eles amadureceram, o quanto eles se tornaram amante um do outro de um modo que a vida ensina duas pessoas que se sentem só no quesito família. 

A narração, como sempre, Abbi Glines capricha. É um livro curto, com uma trama que dá a entender que é dividida durante os três livro e neste último, bem, me fez pensar que eu estava lendo algo deslizante, relaxante, seja pela simplicidade de palavras ou seja pelo objetivo real que é envolver o leitor de forma que ele não consiga parar de ler. E foi exatamente assim que eu me senti! Enfim, vale muito a pena ler os livro que pertencem à Rosemary Beach, é uma aventura quase palpável, quase real e absolutamente gostosa e relaxante. Não me arrependo de ter entrado de cabeça nessa série, assim como já li outro que pertence a mesma linha e amei, amei, amei! 

Como já mencionei, se você está procurando um livro simples, uma leitura mais rápida e gostosa, que vá tirar estresse e esquecer da vida real, leia Abbi Glines, leia Tentação sem Limites, Paixão sem Limites e Amor sem Limites!

Resenha: Maluca por Você

sábado, 24 de janeiro de 2015
Livro: Maluca por Você

Autora: Rachel Gibson
Sinopse: Um charmoso policial acaba de chegar à cidadezinha de Lovett, no Texas. Seu nome é Tucker Matthews. Tudo o que ele quer é um pouco de sossego e um lar pra chamar de seu. Seu e de Pinky, sua gatinha de estimação, deixada com ele por uma ex-namorada louca. Mas parece que Tucker tem sorte (ou azar) para mulheres doidas. Sua nova vizinha é ninguém menos que Lily Brooks, ou, a Maluca Lily Darlington, famosa na cidade pelos excessos do passado, como quando entrou com o carro dentro do escritório do ex-marido cretino. Fofocas à parte, Tucker não imaginou que no lugar da suposta barraqueira fosse conhecer uma baita mulher em seus trinta e oito anos, linda, inteligente, sexy e engraçada, que irá virar sua cabeça do avesso. Maluca por você é um romance apimentando e divertidíssimo! Você não vai conseguir parar de ler!



A história se passa numa cidade pequena localizada no Texas, Lovett. É para onde o policial (charmoso, bonito e elegante) é mandado para trabalhar, Tucker Matthews é um homem solteiro, independente e dono de si. Lily Darlington é uma mulher que tem um filho praticamente adolescente. Ela nasceu nessa cidade e todos a conhecem, e justamente por isso que ela é conhecida como "maluca". Claro que há toda uma história para explicar o motivo, mas juro para vocês que é altamente justificável. A trama em si é a descoberta do que um pode significar para outro, como podem se completar, se superar.

Os dois vão se conhecendo e o policial (jovem, bonito e simples) vai se apaixonando por Lily e ela por ele. No entanto, o romance não chega a convencer, deixando a desejar. O livro é bem curtinho e isso contribui para que eu não tenha adentrado de cabeça na história. Os personagens principais quase são construídos como se eu tivesse pego eles na metade de um livro, entendem? E isso foi muito desestimulador. Toda a descoberta de um pelo outro foi simples e metódica, levando a acreditar que o amor entre os dois foi automático. Não sei ao certo o que a autora tinha em mente (e nunca vou saber), mas foi forçado a ponto de eu colocar na cabeça que eles tinham por tinham que ficar juntos e aceitar um ao outro e entenderem todo o passado maluco da Lily e aceitar seu filho e aceitar a sogra e tudo mais. Ufa! 

Eu não sabia que o livro fazia parte de uma série, sim, esse é o segundo. Me senti enganada. E mesmo que ele não tenha relação com o primeiro (eu pesquisei) faz mais sentido ele ter esse caminho "já andado" quando começados a ler o livro. Espero que realmente isso possa justificar essa sensação que não sai de mim quando penso no livro, ou mesmo quando vejo ele na estante. O bom de tudo é que ele tem humor, não posso negar. E além disso, a autora é uma mulher que admiro enquanto cidadã e ser humano. Já li outros dois livros e chamo a atenção para o fato dela ser muito boa escritora. 

O desenvolvimento é interessante e até intrigante, mas muito curto. No entanto, parece substancial para este livro, que me fez crer que a história deles já estava meio que encaminhada pelo destino (ou alguma coisa do tipo) e eles só precisavam se encaixar de fato na pequena cidade em que os dois moram atualmente. Ao longo do curto desenvolvimento é possível observar a trama se desenrolar, as questões sociais e econômicas que permeiam a vida dos dois, mas principalmente a dela. E o mais legal: a autora criou uma personagem forte, inteligente (mesmo que pareça burra para a maioria das pessoas da cidade) e totalmente amável com aqueles que ela permite se aproximarem dela.

A narração continua sendo o motivo principal pelo qual eu gosto dos livros desta autora, ela sabe e consegue prende o leitor de modo bem prático e objetivo, sem deixar brechas suspeitas e chatas. Começo a ler e me sinto dentro da personagem principal, sentindo cada emoção que ela vivencia, cada gesto, cada momento. Isso é muito bom. Por isso, considero a narração deste livro o ponto alto. Os personagens são variados, mas não muitos também; ressaltando que é possível conhecer na medida do possível os personagens. A medida que conhecemos eles, dá pra perceber a personalidade de cada um, mesmo que seja aquele defeito ou boa qualidade que mais se sobressai. Então, leiam o livro, se estourem de ri, de criticar, elogiar, de se doarem mesmo à leitura. 

Resenha: O Primeiro Telefonema do Céu

terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Livro: O Primeiro Telefonem do Céu
Autor: Mitch Albom
Editora: Arqueiro
Sinopse: Como você se sentiria se um dia recebesse uma ligação de alguém que ama muito e que já se foi?
Numa sexta-feira comum, o telefone de Tess Rafferty toca. É sua mãe, Ruth, que morreu quatro anos antes. Em seguida, Jack Sellers e Katherine Yellin recebem ligações semelhantes, do filho e da irmã, também já falecidos.
Nas semanas seguintes, outros habitantes de Coldwater afirmam que estão em contato direto com o além, e que seus interlocutores lhes pediram para espalhar a boa-nova ao maior número possível de pessoas. A mensagem é simples: o céu existe, e é um lugar onde todos são iguais.
Em pouco tempo, correspondentes de diversos meios de comunicação aportam na cidade para transmitir os desdobramentos do fenômeno que pode ser o maior milagre da atualidade. Visitantes do país inteiro começam a surgir, as vendas de telefone disparam e as igrejas se enchem de fiéis.
Apenas uma pessoa desconfia da história: Sully Harding, ex-piloto das Forças Armadas. Após quase morrer num desastre aéreo, perder a mulher e cumprir pena por um crime que não cometeu, ele não acredita num mundo melhor, muito menos após a morte. E quando seu filho pequeno começa a esperar uma ligação da mãe morta, ele decide provar que estão todos sendo enganados.
O primeiro telefonema do céu é uma história de mistério e, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o poder da conexão humana. Em uma narrativa que vai tocar sua alma, Mitch Albom prova mais uma vez por que é um dos autores mais queridos da atualidade. 

Então, a resenha de hoje é sobre um livro que trata sobre morte, quer dizer, sobre o que pode, talvez, existir além dela. Bem, vou explicar melhor no decorrer desta resenha. O Primeiro telefonema do Céu é um livro que coloca alguns personagens em destaque, diferentemente da maioria dos livros que possuem apenas um personagem principal. Então, os personagens são: Tess Rafferty, Jack Sellers e Katherine Yellin. Estes personagens recebem ligações de pessoas próximas a eles que já faleceram. Sim, isso mesmo. Uma possível ligação do céu. Além desse fato em comum, eles moram na mesma cidade. 

O pedido das pessoas que ligavam do "céu" era simples, que a notícia fosse espalhada para a pequena cidade e depois para o mundo. Ou seja, quem estivesse recebendo as ligações, deveria contar aos quatro cantos do mundo que existia uma vida cheia de paz, amor, esperança e harmonia no céu ou onde quer que fosse. Após a primeira mulher, Tess, contar para várias pessoas e também para a imprensa, sobre o acontecido, a notícia se espalhou rapidamente e a pequena cidade se torna o centro de curiosidade. 

No meio desse emaranhado de situações conflitantes (afinal não é fácil receber uma ligação de uma pessoa que se ama e ela não está mais presente!), surge Sully Harding com sua dúvida e se sentiu altamente incomodado com essas notícias. Uma vez que seu pequeno filho acabou de perder a mãe e está bem esperançoso que ela ligue para ele. E por conta de seu ceticismo, decide investigar a verdade ou a possível verdade. 

Meu primeiro ponto: não gostei muito do livro. Para mim, é muito difícil de acreditar em coisas como essas e o autor não me convenceu com os argumentos utilizados para justificar a ação. Quando solicitei o livro para a Editora Arqueiro, eu achei que era uma história sobre alguma moça ou rapaz que tinha perdido alguém e por algum motivo aparente, recebeu uma ligação do céu como forma de aliviar a dor. Puro engano. Não ruim, mas um pouco desmotivante. Eu imaginei esse livro religioso, tendencioso. 

O segundo ponto é que ele é relatado de forma superficial por cima do ponto de vista dos personagens. Acho que isso serviu para da uma aliviada no tema, que não é muito fácil, afinal, "pessoas que morreram estavam ligando do céu". Confesso que no começo fiquei bem perdida quanto à essa intercalação de visões dos personagens, mas depois me acostumei. Mas de forma geral, mesmo que eu não tenha curtido tanto, o modo de desenvolver as falas foi fator positivo para a narração, que para mim foi sutil e objetiva.

O desenvolvimento é lento no começo, como comentei minha dificuldade de "engatar" a leitura no início do livro, mas depois ganha ritmo e permite ao leitor se relacionar e conversar com os personagens. Claro que, não dá pra adentrar de fato na vida de nenhum deles, pois por ser vários, acaba deixando um tanto superficial, conhecendo alguma parte do passado que se relacione com a atual situação. A mistura do livro com um pouco de história, religião, drama, romance, permitiu que o livro seja interessante.

Os personagens são interessantes e despertam a curiosidade do leitor. Eles possuem vidas diferentes, empregos e formações distintas, caminhos e amigos divergentes. Mas o que mais os motiva a viver é a fé de uns, dor de outros, saudade daquele, amor desse; emoções que os levam ao caminho da fé e concomitantemente à Deus. Todos eles estão sentindo falta de alguém que já se foi, que morreu, e de alguma forma conseguem se ajudar, mesmo que alguns nem se conheçam e nunca tenham se visto. Essa é a mensagem que o livro deixou para mim.

Mesmo que eu não tenha curtido o livro no que diz respeito à algumas coisas, ainda sim eu diria que é um livro para quem precisa de fé, de amor próprio, precisa superar as coisas que não possuem volta. Todos sabemos o quanto é difícil seguir em frente e deixar de lado aquilo que amamos e não podemos mais ter, não podemos mais tocar e receber ou dar amor. Isso dói. Isso leva ao desespero. E talvez O Primeiro Telefonema do Céu seja um livro que signifique recomeço para muitas pessoas.

Resenha: Mar da Tranquilidade.

sábado, 22 de novembro de 2014



Natsya era uma menina recatada, simples, bonita e com um talento gigantesco do qual foi privada prematuramente e de modo muito brutal. Perdeu sua identidade, sua vida social e se afastou de sua família. E por conta disso ela se muda de cidade, vai morar com a tia e tem que enfrentar uma nova escola - para ela isso é melhor que continuar no lugar em que morava com todo o terror de seu passado. E é nessa nova escola que conhece Josh, os dois se destacam por suas personalidades distantes do meio que interage, se mantendo afastado das outras pessoas e os ignorando completamente. 

Josh teve sua vida destruída quando perdeu sua família, todas as pessoas que ele amava foram tiradas e arrancadas de perto dele. Na pequena cidade todos sabem a trágica história de Josh, logo todos respeitam a distância que ele impõe com outras amizades ou até mesmo breves socializações. Na escola um acaba chamando a atenção do outro por serem tão distintos perante aos outros e tão parecidos no que diz respeito aos seus modos de viverem na sociedade, visto que essa última exige um nível de amigabilidade com outros seres humanos de escala enorme. 

O desenvolvimento realmente se dá a partir do momento em que Natsya se sente "invadida" por Josh, o distinto garoto entende o modo dela viver, só não entende e nem sabe o que realmente aconteceu. Enquanto ela e todo o resto da cidade sabem a história de Josh, sabe que ele é um poço de saudade e tristeza pela família. A história toda foca os dois, enquanto os personagens secundários ganham um destaque menosprezado ao meu ver. Porém, acredito que teria que ser assim mesmo, pois é um livro - eu diria - forte. Emocionante. Choroso. Dramático. Devastador. 

A narração em si deixou um pouco a desejar, para mim não funcionou tão bem, mas a relação dos dois me chamou tanto e atenção que eu não conseguia parar de ler. O que mais me deixou agoniada foi a interação que ela faz de Natsya com o melhor e único amigo de Josh, não fazia muito sentido, pois a personalidade de Natsya era outra. Mas enfim. 

Os personagens são bem construídos, a autora dá um conclusão satisfatória pra maioria deles, excluindo alguns na maior parte e são personagens que ao meu ver seriam importantes no batalha do casal contra as dificuldades e medos que ambos sustentam devido aos seus passados. A família de Natsya é importante na superação de tudo isso, mas eles são tirados de foco e deixados de lado até o último momento. E foi o que não gostei também, entretanto, entendo que a mensagem que a autora quis passar.

Resenha: Ligeiramente Casados - Os Bedwyn - Livro 01

quinta-feira, 6 de novembro de 2014


Ligeiramente Casados conta a história de Eve Morris e do lorde Aidan Bedwyn. Percival Morris era irmão de Eve, fazia algum tempo que ele estava fora e ela esperava por sua volta, entretanto, Percival morre e deixa a cargo do lorde Aidan que entregue essa notícia à ela e "custe o que custar" cuida bem de sua irmã. E é claro que um homem honrado como o lorde, promete. Ora, ele terá que cumprir. Ele vai até Eve e transfere a notícia, tenta ajudá-la e ela se recusa, ele acaba sabendo por outras pessoas que Eve precisa (sim!) dele. Eve Morris precisa casar-se até o dia que completará um ano da morte de seu pai, caso contrário irá perder sua fortuna, sua terra e todos os que dependem dela, irão direto para a rua ou para lugares ainda piores.

Lorde Aidan Bedwyn sugere o casamento e eis que: se casam! O intrigante é que cada um deveria seguir sua vida dali em diante, e...

Toda a trama se desenvolve sobre um desenvolvimento bem arquitetado e cuidadosamente organizado, revisado e bem disposto. Fazendo com que o leitor seja levado ao mundo da história, ao centro e se sinta presente durante as cenas, sentindo tristeza, pena, afeto e até emoções mais quentes. Os capítulos são de fato planejados visando prender o leitor ao livro e não fazê-lo deixar a leitura para depois, promessa cumprida. A desenvoltura de cada intercalação de cenas deixa a ansiedade aflorando em nós leitores. 

Os personagens são lindos, com exceção do malvado da história, mas ele é até um pouco engraçado, digamos assim. Eve é uma moça forte para o contexto da época, mostrando que não é frágil e muitos menos dependente de termos de padrão que o século exigia! (E eu adorei isso). Aidan é um homem rústico, protetor até demais e autoritário até o fio de cabelo, porém, Eve quebra um pouco isso. Os personagens que moram com Eve em sua casa são adoráveis, mas os meus preferidos são as crianças que Eve cria como seus filhos - aliás, seria interessante haver mais sobre eles.

A narração foi o ponto alto do livro, ao menos para mim funcionou completamente. Eu estava numa ressaca literária após um livro muito choroso, e quando comecei a ler sentir aquela sensação de 'esse livro vai limpar a alma' e limpou. Não senti emoções fortes demais, mas senti várias delas. A leitura foi limpa, leve e condizente com o tipo de livro. É um livro que pretendo reler um dia, assim como pretendo continuar lendo os demais da série. Portanto, leitura mais que recomendada para quem gosta desse gênero.

Resenha: Loucamente Sua

quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Livro: Loucamente Sua
Autora: Rachel Gibson
Editora: Geração Editorial
Mais Informações: Site Geração Editorial














Delaney é uma mulher independente na vida, tem sua própria profissão - cabeleireira -, a qual ela se identificou já há algum tempo em sua jornada pela descoberta da sua liberdade. Essa mulher cresceu e foi criada por sua mãe e seu padrasto Henry, um homem controlador e cheio de imposições, e uma delas é fazer de Delaney uma moça e mulher que sempre fique em seu encalço, que seja "respeitável" perante a sociedade. No entanto, ela sabe que não aguentaria para sempre se sentir presa e um belo dia ela decide fugir, e após anos ela volta para o enterro de Henry, justamente quando pensa que vai embora e voltar pra sua vida, ela descobre que ele lhe deixou uma boa quantia em dinheiro como herança, e isso a prende na pequena cidade, pois ela só pode receber sua herança se permanecer e fincar residência na cidade e não ter contato sexual com Nick, o filho rejeitado de Henry.

Nick não aprendeu a gostar de seu pai, pois este sempre o rejeitou. Só que agora com tanto dinheiro em volta do testamento... Hum! Henry e Delaney já tiveram um envolvimento no passado, mas após a cláusula do testamento será que essa chama vai acender novamente? Será que vão conseguir ficar um ano sem tocar sexualmente um ao outro?

A trama toda se desenvolve na emoção bastante aflorada dos dois personagens, ambos com temperamentos fortes, chamativo e bem mascantes. Nick tem estilo bad boy e uma revolta dentro de si por conta de seu pai ter lhe negado a paternidade anteriormente, e Delaney sempre se sentiu presa, exceto quando decidiu ir embora e se libertou das regras, normas e imposições que eram pregadas a ela por ser filha de um cara respeitável naquela cidade. O desenvolvimento é bem articulado e tem um "q" de romance do estilo mulherzinha, uma vez que Delaney é uma mulher que tem um estilo e personalidade bem marcadamente feminina, mas culpo isso pelo ano em que o livro foi escrito. Isso não é um comentário feminista, apenas estou explicando algo que me incomodou no livro.

Rachel Gibson é uma autora moderna, mas com preceitos (mais uma vez eu repito: pode ser o ano em que os dois livros que eu li dela foram escritos) que deixam as mulheres em meios limitados, mas devo ressaltar que a autora é muito experiente quanto a escrita, uma vez que a fluência é boa, assim como a sua reputação como uma ótima escritora. A narração é boa demais, li rapidinho o livro. O livro é um pouco grosso, mas pela boa fluência, linearidade e  arrumação de palavras, ideias e contextos bem aplicados, faz a leitura ser bem gostosa e cheia de sentimentos que me perpassaram através dos personagens. 

Enfim, o livro é uma história boa, cheia de romance, incertezas, algumas ironias propositais e também um toque de drama familiar, bem como algumas amizades que fazem de um amigo um personagem constante nos livros, e nesse não foi diferente. Para quem gosta de um romance que não pese muito com pensamentos do personagem, que seja mais leve em relação aos outros romances e que também tenha um casal de personagens lindos: então leia Loucamente Sua!

Resenha: Tentação ao Pôr do Sol

sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Livro: Tentação ao Pôr do Sol
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Editora Arqueiro
Mais Informações: Site Editora Arqueiro












Poppy Hathaway é uma Hathaway, mais uma. Ela está para mais uma temporada em Hampshire e ainda não encontrou um pretendente com quem a interessasse para se casar. Infelizmente para ela, uma moça bonita, esperta e inteligente, e esses dois últimos conceitos são os que mais incomodam os homens daquela sociedade, daquela época para ser mais exata. Poppy é a menina que lê muito, opina em conversas de homens e sempre que começa a falar... bem, ela não consegue se controlar. Mais um ponto que os homens se repelem quando estão na companhia dela. Outro ponto, e pode ser o mais crucial, é que na sua família há dois ciganos, o que acaba não sendo bem visto aos olhos das pessoas que frequentam o mesmo meio que ela.

Harry Rutledge. Um homem que deu duro para chegar onde chegou - muito rico e com um negócio que lhe dá bastante satisfação e lucro, claro - e é respeitado, sério, porém com um passado triste e um presente nublado no que diz respeito aos sentimentos com mulheres, casamento e felicidade. Harry é duro e prático em quase tudo o que faz, menos quando por acaso acaba em quatro paredes com Poppy, claro que ele logo se apaixona.

O desenvolvimento da história é totalmente apaixonante, cheio de surpresas - mesmo que ambiguamente aconteça situações previsíveis - e otimista. As cenas se constroem de forma delicada e direta, mostrando claramente o que a autora queria mostrar ao narrar a história de Poppy e Harry. Todo o contexto tem um ar de superação, de esperança e principalmente de amor. Harry foi o personagem mais frio que eu li da série até agora, no entanto, ele é mais apaixonante em superação, principalmente para um homem que tanto sofreu anteriormente.

A narração é belíssima, assim como os outros dois livros anteriores da série. Lisa Kleypas é muito boa no que faz, mostrando os elementos que devem conter em um romance de época, ressaltando ideias e concepções importantes para encantar o leitor e fazê-lo ler o livro todo sem notar que se passou um certo tempo lendo e ele perdeu a noção dele. 

Por fim, devo acrescentar que a autora é muito linda por construir uma família que não podia ser mais chocante e diferente pra época, uma vez que a sociedade daquele tempo - não muito diferente da de hoje - era muito exigente e regras que demarcavam o limite de homens e mulheres. E é justamente isso que a Lisa destaca, essas limitações, mas ela faz de um modo diferente, colocando mulheres onde normalmente não seriam bem vistas. Eu acho isso muito importante, talvez por isso eu seja tão apaixonada pela série.

Leiam, leiam e leiam.