Resenha: Mar da Tranquilidade.

sábado, 22 de novembro de 2014



Natsya era uma menina recatada, simples, bonita e com um talento gigantesco do qual foi privada prematuramente e de modo muito brutal. Perdeu sua identidade, sua vida social e se afastou de sua família. E por conta disso ela se muda de cidade, vai morar com a tia e tem que enfrentar uma nova escola - para ela isso é melhor que continuar no lugar em que morava com todo o terror de seu passado. E é nessa nova escola que conhece Josh, os dois se destacam por suas personalidades distantes do meio que interage, se mantendo afastado das outras pessoas e os ignorando completamente. 

Josh teve sua vida destruída quando perdeu sua família, todas as pessoas que ele amava foram tiradas e arrancadas de perto dele. Na pequena cidade todos sabem a trágica história de Josh, logo todos respeitam a distância que ele impõe com outras amizades ou até mesmo breves socializações. Na escola um acaba chamando a atenção do outro por serem tão distintos perante aos outros e tão parecidos no que diz respeito aos seus modos de viverem na sociedade, visto que essa última exige um nível de amigabilidade com outros seres humanos de escala enorme. 

O desenvolvimento realmente se dá a partir do momento em que Natsya se sente "invadida" por Josh, o distinto garoto entende o modo dela viver, só não entende e nem sabe o que realmente aconteceu. Enquanto ela e todo o resto da cidade sabem a história de Josh, sabe que ele é um poço de saudade e tristeza pela família. A história toda foca os dois, enquanto os personagens secundários ganham um destaque menosprezado ao meu ver. Porém, acredito que teria que ser assim mesmo, pois é um livro - eu diria - forte. Emocionante. Choroso. Dramático. Devastador. 

A narração em si deixou um pouco a desejar, para mim não funcionou tão bem, mas a relação dos dois me chamou tanto e atenção que eu não conseguia parar de ler. O que mais me deixou agoniada foi a interação que ela faz de Natsya com o melhor e único amigo de Josh, não fazia muito sentido, pois a personalidade de Natsya era outra. Mas enfim. 

Os personagens são bem construídos, a autora dá um conclusão satisfatória pra maioria deles, excluindo alguns na maior parte e são personagens que ao meu ver seriam importantes no batalha do casal contra as dificuldades e medos que ambos sustentam devido aos seus passados. A família de Natsya é importante na superação de tudo isso, mas eles são tirados de foco e deixados de lado até o último momento. E foi o que não gostei também, entretanto, entendo que a mensagem que a autora quis passar.

5 comentários:

  1. Oi, Lú!
    Certas histórias até ficam fechadinhas sem trabalhar os personagens secundários, mas em outras isso faz falta mesmo...

    Beijos, Entre Aspas

    ResponderExcluir
  2. Lú tudo bem!!!??? A tempos não comentamos no blog uma da outra =( mas me deu saudad e voltei.
    Gostei de saber sua opinião sobre esse livro e confesso que quando ele foi lançado fiquei curiosa, mas depois de ler algumas resenhas falando dessa questão da narrativa e do peso emocional do mesmo acabei adiando a leitura para o futuro.
    Beijinhos!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

    ResponderExcluir
  3. Oi, Lú!

    Assim que esse livro foi lançado, fiquei louca para lê-lo! Sou fã de personagens bem desenvolvidos.

    Espero lê-lo em breve.

    Beijos

    Elidiane
    Leitura entre amigas

    ResponderExcluir
  4. Oi Lu, tudo bem?
    Esse livro parece ser intenso, e confesso que ultimamente tenho corrido deles porque tô mais suscetível a ter ressacas ultimamente. Mas a dica está anotada. Ótima resenha.
    Abraços,
    Amanda Almeida
    Você é o que lê

    ResponderExcluir
  5. Achei que seria um livro com menos "defeitos" na sua visão. Fiquei surpreendida u.u'
    O que fazer com livros assim? =x chorar. chorar. chorar?
    Saudades personagens secundários que vão até o fim.

    ResponderExcluir