Resenha: Qual seu número?

Livro: Qual seu número?   Autora: Karyn Bosnak    Editora: Novo Conceito    Páginas: 414 

Sinopse: Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Sua vida sentimental não tem sido exatamente brilhante, pois todo cara que conhece parece fugir do relacionamento. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número e perder de vez a chance de se casar, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. Será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor? Qual Seu Número? revela os segredos de cada mulher e prova que, quando se trata de assuntos do coração, números são apenas uma fração de tempo.

   O livro é um pouco grosso, e eu estava no meu momento de preguiça de livros grandes. No entanto, decidi lê-lo. E adivinhem? Não me arrependi. Vamos lá!

    Delilah é uma jovem que trabalha em uma empresa na qual não gosta de seu cargo, solteira, amiga de Michele, filha, irmã de Daisy, neta, e agora "mãe" de Eva (sua cachorrinha). Sua irmã vai casar e ela está se sentindo um tanto mal, poi aos 29 anos não conseguiu sentir o "bum" (amor) por nenhum homem, deitou e rolou com 19 homens e agora está preocupada, pois em uma pesquisa (revista de fofoca) diz-se que: a média de homens que as mulheres levam para a cama durante suas vidas é de 10,5. Pois é, e Delilah já teve 19 e não quer passar de 20. Mas... 

     Hahá! Quem ainda não leu vai ficar curioso.

     Desesperada ela procura e contrata um detetive - colin - para procurar seus ex. Sim, isso mesmo, procurar os ex-namorados dela. Tem toda uma série de frustração, decepção, alegria, surpresa, e outros sentimentos nesses reencontros. Mas a personagem é digna de se meter em situações chatas, frustrantes, então ela sempre acaba mal, e em algumas situações se dá bem.

   Adorei a narração, apesar dos capítulos serem longos e as vezes um pouco cansativo, mas consegui ler fluentemente com a escrita da autora. Os personagens surgem em situações legais, por exemplo, a mãe de Delilah é uma piada e ao mesmo tempo adorável, assim como o seu avô. Colin é um tipo sedutor, mas que não aparenta ser garanhão, apenas curte a vida com mulheres porque não encontrou ninguém que ele ame. 

    Esse livro traz situações que a sociedade implanta no humano, como estereótipos de que a mulher é "vadia" apenas porque transou com 20 homens, ou é lésbica porque não casou, enfim, questões humanamente preconceituosas. A personagem principal, Delilah, possui toda essa preocupação no que as pessoas vão pensar dela, e depois, será que ela acorda e ver que são coisas implantadas pela sociedade ou continua tapada? Hein, hein?

     Não adianta, instinto de futura pedagoga é assim, eu sempre procuro o que há por trás dos livros, o que está implícito nas entrelinhas.

     É um livro que vale a pena ler, mesmo se achar grosso assim como eu e ficar com preguiça. E vale ressaltar, esperei mais no final, achei que ficou inacabado, não sei, me decepcionou. Mas eu construir o "meu" final feliz. (Risos).