União dos Autores: A Casa da União dos Autores – Parte I

quarta-feira, 20 de maio de 2015


Boa tarde, pessoal! Hoje tenho uma super novidade para vocês \o/
O Clicando Livros agora é parceiro da União dos Autores e maio já começou com tudo para o grupo. Veja as novidades!

Maio está cheio de novidade na União dos Autores! Uma delas é que o grupo agora tem um site próprio (uniaodosautores.wordpress.com), uma casa para reunir os escritores e blogueiros participantes e para receber os amigos que apoiam a literatura brasileira.

Alguns escritores ainda estão arrumando seus armários e estantes de livros, mas outros já abriram as portas dos seus quartos nesta grande casa para que os leitores saibam um pouquinho mais sobre eles. Você vai deixá-los esperando?


Anna Carolina Rizzon


Camila Silvestre

Clarisse Alvarenga

Vanessa Sueroz

Marcos de Sousa

Gislaine Oliveira

Gustavo Bueno

Nanci Penna

joyce

jose

Isadora Mello




Série: Outlander

segunda-feira, 18 de maio de 2015
Olá, pessoal. Tudo bem?
Hoje vou (tentar) falar um pouco dessa série que eu comecei a acompanhar depois de diveeeersos comentários da blogosfera: Outlander.

Que Outlander (o livro) conquistou a admiração de muitas leitoras por aí tudo mundo já sabe, né? E esse amor só se estendeu mais até a adaptação para a série do canal Starz. Eu fiz o caminho inverso: Comecei a assistir a série e depois li o livro - mas vou falar dele em outro momento aqui no blog. Por enquanto vou falar dos primeiros oito episódios (onde se encerrou um arco da temporada).

De cara a série me conquistou pois trata de um assunto que muito me agrada: Viagem no tempo. E é
bem engraçado, se for pensar bem, quando vemos que Claire não é do nosso tempo. Para nós ela já é do passado, pois eles estão no período pós-guerra e Claire foi uma enfermeira de guerra; E então ela volta para meados de 1743, onde as coisas são completamente diferentes do que Claire conhece (e imagina para nós). Então uma das coisas que me chama muita atenção é em como o machismo é realmente presente na série. Até com Jamie, o galã da trama toda, o machismo é bem presente - apesar de que em nível menor.

Claro que Claire não aceita esse tipo de coisa e acaba sendo vista com maus olhos por todos, mas a mesma coisa que faz com que eles a odeiem também faz com que eles a amem posteriormente.

Por ser uma adaptação muitos já sente um certo preconceito, pois adaptações geralmente decepcionam o publico por conta de sua grande diferença com o livro. Porém graças aos deuses dos leitores decepcionador Outlander é uma série muito fiel a obra original e na minha humilde opinião as alterações que eles fizeram só melhorou a história. Um grande exemplo que eu gosto de citar é quando (no livro) Dougal conta para Claire todas as coisas ruins que Black Jack fez com Jamie, nos mínimos detalhes. Acredito que para quem leu o livro antes de assistir com certeza deve ter ficado chocado com aquilo e provavelmente os mais "moles" até derramaram algumas lágrimas; Já na série temos o próprio Back Jack contanto para o moça o que ele fez e foi muito pior ouvir da voz dele e o modo como ele fala, além das cenas que eles nos mostram durante o relato. Ao ler o livro você tem uma noção do que é a maldade desse homem, mas assistindo a série você realmente sente a sua frieza e isso deixa tudo mais emocionante.

De modo geral eu adoro os personagens da série. A maioria são homens, com seus costumes da época, porém eles conquistam o espectador da mesma forma que conquistam Claire. Claro que Jamie acaba sendo o preferido, por motivos óbvios, mas eu não acho que ele seja o personagem perfeito. Em alguns momentos ele chega a ser imaturo e age de forma infantil e talvez para ele estar com uma mulher como Claire seja o ideal. Ah sim! É claro que não ia faltar muito romance nessa história toda, e temos Claire dividida entre as tentativas de voltar par ao seu próprio tempo e marido ou ficar ali com seu novo marido.

Outlander é uma ótima série para quem gosta de viagem no tempo, romance e mulheres badass. ;) E claro, não posso deixar de citar o sotaque deles. Muito, muito, muito amor por todo aquele sotaque. <3




Resenha: Feios

sexta-feira, 15 de maio de 2015
Titulo: Feios
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Galera Record
Onde Comprar: Buscapé
Saiba mais no Skoob
Sinopse: Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá.
Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.

Eu li esse livro há quase um ano e estou me achando completamente errada em arriscar fazer a resenha sem reler, mas de repente bateu a inspiração e saudade e falar sobre  livro ajuda a evitar isso; Afnal tenho uma longa lista de livros para ler no momento e estou sem tempo para releituras. De qualquer forma, mesmo não lembrando os detalhes do livro eu lembro da essência dele e das impressões que ele me deixou e isso basta para a resenha, afinal não vou dar spoiler nenhum. 

Feios é uma daquelas distopias onde o romance prevalece em toda a trilogia, porém isso não deixa a obra ruim. É claro que atrapalha em alguns momentos, mas o que seria das nossas protagonistas sem o amor

Tudo o que Tally queria é ficar perfeita, porém quando sua amiga Shay foge em busca dos Enfumaçados o sonho de Tally praticamente se desfazer. As autoridades a obriga ir atrás da amiga e traze-la de volta, caso contrário ela nunca será perfeita. Alienada como Tally é não consegue imaginar a sua vida como feia para sempre, sem os seus amigos que já passaram pelo processo, sem as festas, sem a luxuria, e tudo o mais. Contra sua vontade ela vai atrás de Shay. 
A sua viagem é muito esclarecedora para o leitor - e para Tally também - sobre como é o seu mundo; Como as cidades ficaram após a destruição que nós - os Enferrujados - fizemos. Na nova edição do livro que a Galera Record lançou da para ter uma breve ideia de como é, porém durante a leitura eu sempre me lembrava das imagens promocionais do filme Eu Sou a Lenda (aquelas onde tem as cidades). Um pequeno problema com a viagem de Tally é que ela é um pouco longa, mas não é parada ou tediosa. Nisso eu devo parabenizar o autor, já que ele criou diversas situações em que o leitor fica apreensivo sobre o que vai acontecer em seguida. 

Ao chegar, finalmente, ao seu destino Tally se vê rodeada de Enfumaçados, pessoas que por vontade própria se refugiaram na natureza e lutam contra o governo e sua cirurgia da perfeição; Todos os Enfumaçados são refugiados das cidades, com exceção de David. Ele é nascido e criado na natureza e nunca teve contato com as cidades e/ou os Perfeitos. A presença de David serve para mostrar ao leitor o que, de verdade, é a perfeição, já que todos nós com certeza já idealizamos uma versão perfeita de nós mesmos. Quem nunca sonhou em ter um nariz perfeito, uma boca mais carnudinha, os olhos mais levantados e não apenas no rosto mas em todo o corpo? Todos dizem "o que vale é o que a pessoa é por dentro" mas sempre vemos defeito em alguém, conhecido ou não. David, por ser nascido longe da civilização, não tem essas vaidades ou pensamentos. Ele sempre viu as pessoas pelo que elas são de verdade e não é diferente quando conhece Tally. 
Não vou ficar falando sobre o relacionamento de Tally e David pois não acho pertinente, pelo menos no primeiro livro da trilogia. Eles se conhecem e se conectam de alguma forma, porém a força do relacionamento vemos muito mais adiante. 

A questão principal é que com os Enfumaçados, Tally finalmente tem a oportunidade de descobrir a verdade sobre seu governo e a cirurgia e decidir se vai ou não querer voltar para realizar o seu grande sonho. Mesmo com a pequena semente de duvida plantada por Shay no inicio do livro, Tally ainda não se viu convencida de que a vida seria boa sem a transformação. Pode parecer algo idiota da minha parte, porém eu acredito que uma das coisas que podem deixar uma distopia mais interessante é quando o leitor se questiona se a maneira como o governo encontrou par resolver os problemas da humanidade é certo ou não. E eu fiquei com essa duvida grande parte da leitura desse primeiro volume. Nós sabemos como nossa sociedade atual é, nós sabemos muito bem que estamos nos destruindo aos poucos justamente por causa dessa grande diferença que temos e não digo diferenças apenas nas aparências e sim social, racial, crenças, etc. Aparentemente, tendo um mundo onde não existe essas diferenças podemos acha-lo perfeito. É até utópico pensar dessa forma, certo? E não fica muito longe do que o livro nos mostra inicialmente. Portanto acho que nessa narrativa somos todos um pouco Tally e por isso fica tão difícil julgar as suas atitudes como sendo errada (e eu falo desde o inicio do livro).

Feios é o tipo de livro que você pode ler em um dia (ou duas tardes/duas madrugadas), pois a narrativa de Scott é tão fluida que não vemos o tempo passar, e mesmo nos momentos mais chatinhos temos informações ou acontecimentos que nos deixa curiosos para o próximo capítulo. Para quem adora distopias é uma ótima indicação, principalmente por conta da reflexão que eles nos propõe durante a leitura.


Capas da nova edição (que eu acho linda) 






Resenha: Kitty

quarta-feira, 13 de maio de 2015
Olá, pessoal. Quem ai não adora um felino? Então provavelmente vai curtir Kitty. 😻

Titulo: Kitty
Autor: Elle S.
Editora: Arwen
Onde Comprar: X
Saiba mais no Skoob
Sinopse: Kitty é uma gata sarcástica e cheia de mistérios que aprendeu a viver nas ruas há mais de quatrocentos anos. Independente e esperta, ela foge de qualquer contato humano, já que deixar-se ser adotada é o seu pior pesadelo. O grande medo dessa felina é que alguém desperte dentro dela o seu maior segredo. Vivendo nos becos da cidade de São Paulo, Kitty conquista o coração de Eduardo e, contra sua vontade, vira um animal de estimação. Tudo o que essa gata não queria que acontecesse.
Entre as diversas tentativas de fuga, ela se vê cercada de afeto e carinho pelo seu novo dono e começa a ser cativada. Então, é Eduardo, seu dono ruivo e charmoso, que desperta o que Kitty tem de pior. Quando ele deseja que sua amada amiga de estimação seja mais do que ela realmente é, a gata precisa correr contra seu próprio instinto.
Ser quem ela foi condenada a ser, ou viver como quem ela verdadeiramente é? Dividida entre duas espécies, Kitty precisa decidir o destino de sua vida para viver um grande romance.

*e-book cedido em parceria com a editora
Antes de mais nada vamos deixar claro uma coisa: Kitty é um livro de ficção com uma graaande dose de romance. Com isso em mente (o que eu não tinha no momento que iniciei a leitura, pois geralmente não gosto de ler sinopses) é mais fácil separar as coisas.

Kitty não é um livro que eu tenha gostado, pois de um modo geral eu achei algumas situações muito forçadas... Ou talvez um pouco mal trabalhadas por parte da autora. Mas não vou focar minha resenha nesses detalhes da obra.

Ela vive cerca de quatrocentos anos como gata de rua, e à partir daí já sabemos que ela não é simplesmente uma gata. Algo fez Kitty ficar assim e isso vamos descobrindo ao longo do livro. Após tantos anos vivendo nas ruas ela se torna independente e corajosa, nada - nem ninguém - pode fazer mal a Kitty pois ela sabe muito bem como evitar situações desse tipo; Até o momento em que conhece Eduardo no seu beco. Eduardo é humano que esta passando por uma fase muito dificil de sua vida no que diz respeito a assuntos do coração e logo que se encanta pela gatinha abandonada decide adota-la. Claro que Kitty não gostou nada da ideia e planeja sua fuga na primeira oportunidade. 

Até aí tudo bem. A autora chegou a criar uma situação até engraçada se tratando dos primeiros momentos deles juntos, porém o que me incomodou bastante foi a bipolaridade de Kitty ao iniciar um capítulo decidida a fugir para a sua liberdade felina e finalizar o capitulo decidida a ficar com Eduardo. Esse chove-não-molha dura por uns bons capítulos e acaba irritando um pouco. Não que Kitty não tenha seus próprios motivos para ficar indecisa, afinal Duda parece ser o dono perfeito e tudo o que ele merece no momento é uma companhia. E claro, como se não bastasse, a parte humana de Kitty está se apaixonando por ele (assim como Eduardo se apaixonada pela Kitty humana, mas não vou contar como isso acontece mesmo que a sinopse já dê alguma ideia). 

Eu gostei muito do Eduardo em si, apesar de não ter me apegado muito a ele. Acho que por conta dos seus problemas emocionais fica fácil sentir empatia pelo personagem e também pelo modo como ele trata Kitty (bom, eu adoro gatos e qualquer pessoa que trate bem um gato de rua já tem minha simpatia). Mas devo dizer que o personagem que eu mais gostei foi de Tui, o melhor amigo de Eduardo e cheff em um restaurante famoso em São Paulo. Na verdade ele não é somente o melhor amigo de Duda, mas também um agente do destino (se é que posso dizer assim), pois ele acaba unindo Kitty e Duda em diversas situações. Gostaria de ter conhecido muito mais desse personagem pois parece que pouco foi explorado dele.

Agora falando do que realmente me incomodou durante toda a narrativa: A maneira como os personagens são facilmente convencidos de algo ou, em alguns casos, ignoram a obviedade das coisas. É difícil falar sem exemplificar mas necessário para evitar spoilers (se alguém realmente quiser saber pergunta nos comentários que eu dou o exemplo necessário). De todo o mais Kitty é um romance legal, super indicado para quem adora o gênero. A autora soube criar situações que deixa o leitor curioso em diversos momentos e por isso fica difícil largar o livro com facilidade. 

Talvez essa fosse a razão para as coisas serem tão difíceis para nós: porque tudo que era verdadeiramente bom, demandava um esforço bruto para manter.